Parceria com o projeto Virando o Jogo.

NOTÍCIAS 24 jun 2022

Foto: Lar Santa Mônica

O Projeto Virando o Jogo faz parte de uma política pública do Governo do Estado do Ceará que fornece atividades de cunho social, cultural, esportivo e de qualificação profissional, além de incentivar os jovens a retornarem à escola. O projeto também fomenta ações de fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. O público alvo das ações são os jovens entre 15 e 19 anos, que nem trabalham e nem estudam, dos 28 bairros de Fortaleza. O Virando o Jogo pertence ao programa Superação, que tem como objetivo trazer novamente esse público para o ambiente escolar, além de promover oportunidades de capacitação profissional.

As acolhidas do Lar Santa Mônica a partir dos seus 15 anos podem ser prestigiadas em fazer parte deste programa. Dentro da nossa instituição, atualmente, quatro das nossas acolhidas fazem parte do “Virando o Jogo”. Buscamos que cada vez mais elas possam participar do projeto, pois o mesmo contribui bastante na qualificação delas para o mercado de trabalho.

Foto: Lar Santa Mônica

Convidamos a gerente da área 01, Révia Costa, para falar sobre o seu trabalho neste projeto que beneficia tantos jovens:

Quais as maiores dificuldades que vocês enfrentam para a realização do projeto?

“Nós temos várias dificuldades: primeiro a questão territorial, os jovens não podem frequentar qualquer espaço, então a equipe toda deve estar atenta às limitações territoriais, aos domínios das facções. Outra dificuldade é a busca por jovem que seja do perfil do projeto. Esse jovem, hoje, pode estar sem fazer nada, mas amanhã já tem um emprego, ou volta para a escola, enfim, o nosso público é movediço, por isso que o nosso trabalho é de busca de sensibilização desse jovem que, momentaneamente, está ocioso. Outra grande dificuldade é manter o jovem no projeto, a juventude busca resolver de forma imediata, então ela não percebe o tempo que tem que ficar no projeto para sua formação profissional”.

Como as ações deste projeto têm ajudado as meninas?

“Em relação às jovens do acolhimento, percebemos que isso tem empoderado elas, no sentido de ter domínio sobre o território, de irem sozinha, de estarem visitando outros espaços, de terem qualificação profissional, que projeta um futuro para essas jovens que estão em acolhimento, e também dá essa liberdade para elas, de se perceber, de conhecer, de saber, enquanto pessoas, de utilizar outros meios, de pegar um ônibus sozinhas e ir para o curso, de fazer esportes. Também tem a bolsa que elas recebem com a qual elas podem comprar coisas que elas desejam. Percebemos que isso acontece também com os jovens de acolhimento, esse empoderamento, nessa perspectiva de futuro, que até então, era percebida com duvidas.”

Fale uma das suas motivações e uma boa lembrança do projeto:

“Uma motivação: Nós temos uma jovem que era do território do Lagamar, que era muito envolvida no território, não estava estudando, não estava trabalhando, passava o dia dormindo e a noite ficava com os amigos na calçada, brincando, fazia festas em casa.  Então ela entra no projeto, é bem participativa nas aulas e demais atividades do projeto do começo ao fim. Depois, ela finaliza o curso e é encaminhada para ser estagiária do Banco do Nordeste. Hoje soubemos que ela está matriculada em uma faculdade, cursando Administração. Então, é uma jovem que a gente acompanhou a evolução, que realmente, mudou suas perspectivas. Hoje, nós sabemos que para essa jovem o projeto Superação trouxe outro olhar, um novo caminho para a vida dessa jovem. Isso é extremamente satisfatório, um fator motivacional. Quando percebemos que conseguimos transformar a vida dos jovens, levando-os para o caminho do bem, levando-os para o caminho da cidadania. Uma boa lembrança do projeto foi quando nosso trabalho tão árduo foi reconhecido pelo Governador Camilo Santana, e nós recebemos uma homenagem do governador e da vice-governadora Professora Izolda, no Palácio da Abolição. Foi reconfortante, foi alegre, percebemos que estávamos no caminho certo. O que impulsionou o nosso trabalho e nos ajudou a dar continuidade às ações do Projeto Superação.”

Foto: Lar Santa Mônica

Fazendo parte do projeto Virando o Jogo, temos quatro de nossas acolhidas do Lar Santa Mônica sendo beneficiadas. Convidamo-las para uma entrevista e falar sobre sua participação no projeto:

Quais os seus nomes?

  1. L. de S. M
  2. M. da S
  3. da S. M
  4. M. do N. M.

Qual o curso que você participa no projeto “Superação”?

  1. L. de S. M: Assistente Administrativo
  2. M. da S: Maquiagem e dança
  3. da S. M: Manicure/ pedicure
  4. M. do N. M: Administração

Qual é a melhor parte de participar do projeto?

  1. L. de S. M: Aprender com pessoas experientes
  2. M. da S: A Parte das aulas.
  3. da S. M: Fazer as unhas das meninas
  4. M. do N. M: A parte que mais gostei foi à visita nas empresas

O que você aprendeu participando do projeto até agora?

  1. L. de S. M: Aprendi como ser um ADM e tudo sobre o trabalho de uma empresa e como é administrada.
  2. M. da S: Aprendi a Fazer maquiagens e alguns passos de dança.
  3. da S. M: Eu aprendi a amolecer as cutículas.
  4. M. do N. M: aprendi o que é administrar, quais os processos da administração.

O que você espera com a conclusão do seu curso?

  1. L. de S. M: Eu espero que possa trabalhar usando os conhecimentos que o projeto me trouxe.
  2. M. da S: Pôr em prática o que eu aprendi.
  3. da S. M: Espero me aprimorar mais.
  4. M. do N. M: Espero que traga resultados para todos os participantes e que eu também possa ver os meus resultados positivos.

Programas como este têm ajudado nossas meninas a pensarem num futuro com melhores expectativas para suas vidas e promovendo mudanças positivas na realidade de muitas crianças a adolescentes.

 

 

Foto: Lar Santa Mônica
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