O Centro Psicossocial Santo Agostinho de Fortaleza já está acompanhando 75 famílias.

Nos seus primeiros seis meses de operação nesse ano 2022, conseguiu entregar mais de três toneladas de alimentos e realizar o primeiro acompanhamento de um total de 75 famílias.

O Centro Psicossocial Santo Agostinho (CAPSA) de Fortaleza (Ceará, Brasil), faz parte do conglomerado de ações sociais realizadas pela Associação Beneficente dos Agostinianos Recoletos, e está concebido como um espaço de prevenção e educação social dentro do conjunto de ações destinadas a evitar futuros casos de abuso, exploração, violência, abandono e evasão escolar de meninas e adolescentes.

Os Agostinianos Recoletos de Fortaleza têm dois grandes projetos sociais, ambos complementares: o Lar Santa Mônica é um refúgio para meninas e adolescentes que já sofreram algum tipo de violação de seus direitos e que são enviadas a este Centro pelas autoridades competentes, sejam elas as autoridades judiciais ou os Conselhos Tutelares Juvenis, com o objetivo de afastá-las de seus agressores, proporcionando-lhes um espaço de segurança, educação, terapia e recuperação para retornar à sociedade com ferramentas para o futuro.

Este Lar conta com um projeto preventivo no CAPSA. Isto envolve o registro das famílias mais vulneráveis de um bairro, especialmente as famílias monoparentais conduzidas por mulheres que já foram vítimas de abuso, maus-tratos e abandono, para oferecer-lhes acompanhamento, apoio alimentar, formação em direitos, aconselhamento sobre como obter assistência social e, especialmente quando têm crianças sob seus cuidados, ferramentas para evitar que eles, por sua vez, se tornem novas vítimas.

O CAPSA está atualmente ativo no bairro de Jangurussu, em Fortaleza, capital do estado do Ceará. Conforme os últimos dados oficiais, a partir do censo de 2010 (portanto, eles têm doze anos), o bairro tinha pouco mais de 50 000 habitantes, dos quais 35% têm menos de 14 anos.

O bairro nasceu com as políticas populares de habitação do início dos anos 90, criadas sem infraestruturas básicas de água, eletricidade, esgoto e asfaltamento. O bairro era conhecido por conter o maior depósito de lixoda cidade, que, embora inativo há quase 25 anos, é hoje uma montanha de 40 metros de altura coberta de vegetação, mas que não recebeu nenhum tratamento. Em seu auge, até 3 000 pessoas ganhavam a vida reciclando seu lixo. Os resíduos continuam a contaminar o lençol freático.